A Retrospectiva 2012 de trababalhos do CIEC destaca hoje o artigo “Literatura timorense: da emergência à legitimação”, de autoria da investigadora do CIEC Ana Margarida Ramos, publicado no último número do “Caderno Seminal”, revista publicada pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Brasil:

Ramos, A. M. (2012). Literatura timorense: da emergência à legitimação. Caderno Seminal, nº 18 , pp. 149-160. (QUALIS B4) (ISSN: 1806-9142; )
Procedendo a uma caracterização breve da produção literária contemporânea de autoria timorense, com especial ênfase para a obra literária ficcional e poética, pretende-se refletir sobre as suas tendências e formas de afirmação. Autores como Luís Cardoso, no âmbito da ficção narrativa, ou de poetas como Fernando Sylvan, José Alexandre Gusmão, João Aparício, Jorge Barros Duarte, Jorge Lauten, Francisco Borja da Costa, Afonso Busa Metan, Crisódio T. Araújo, Celso Oliveira, Abé Barreto Soares, entre outros, exprimem bem a vitalidade crescente de uma literatura emergente, ainda muitas vezes próxima da referencialidade, procedendo à releitura e reescrita da História do país nas últimas décadas, a caminho do seu reconhecimento e necessária legitimação. Em termos práticos, será dada especial atenção à presença da literatura timorense em três contextos específicos, tendo em vista a sua institucionalização: crítica, a academia e os prémios. Para além de alguns estudos académicos mais ou menos pontuais e circunscritos, sua entrada recente no novo currículo do Ensino Secundário Geral de Timor-Leste, nomeadamente na disciplina de Temas de Literatura e Cultura oferecida aos alunos da Componente de Ciências Sociais e Humanidades, para além da presença mais pontual na disciplina de Português, afigura-se como um fator decisivo para a construção da identidade cultural e literária de um povo que também resistiu e combateu tendo por armas a pena e as letras.
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